quinta-feira, 19 de abril de 2012

Fotos: Turnê "Mais Uma Página" em São Paulo - 13/04/2012 ...
             





                     
                               
    Maria Gadú soube virar a página ao gravar seu segundo álbum de estúdio, Mais Uma Página (2011). Típico disco de banda, Mais Uma Página se revelou um trabalho de sonoridade mais encorpada e repertório mais sofisticado (embora nem todas as músicas reeditem a inspiração melódica das palatáveis canções do seminal CD de 2009 que deu projeção nacional à cantora e compositora paulista). A virada é complementada no palco com o azeitado show da turnê nacional que chegou ao Rio de Janeiro (RJ) na noite de ontem, 14 de abril de 2012, em apresentação que lotou a casa Vivo Rio. Não foi por acaso que, no bis, Laranja (Maria Gadú, 2009) aparece temperada com solos do quinteto que divide a cena com Gadú. Tal como o disco homônimo, Mais Uma Página é show em que o entrosamento da cantora com sua banda parece ter contribuído (bastante) para o excelente resultado final. Cesinha (bateria), Doga (percussão), Fernando Caneca (guitarra e violão tenor), Gastão Villeroy (baixo) e Maycon Ananias (teclados) transpõem para o palco, com mais pressão, a refinada sonoridade do disco - do qual Gadú apresenta 13 das 15 musicas em roteiro sem concessões. A ponto de o maior sucesso radiofônico da cantora, Shimbalaiê (Maria Gadú, 2009), não figurar no repertório do show - indício de que a intenção foi mesmo virar a página para explicitar a renovação da artista e minimizar os efeitos da superexposição de Gadú na cena nacional ao longo dos últimos três anos. Seja como for, Mais Uma Página é o melhor show de Maria Gadú, o mais bem-resolvido em termos musicais e cênicos. Fica evidente já no número de abertura - Alguém Cantando (Caetano Veloso, 1977), numa leitura que evidencia a percussão de Doga e a segurança vocal da intérprete - o apuro do espetáculo. Na sequência, Reis (Maria Gadú, Ana Carolina e Chiara Civello) intensifica o canto da artista, elevando a temperatura do show. Os arranjos valorizam a atual safra de inéditas de Gadú ao mesmo tempo em que oferecem novas visões para as velhas canções. Um dos pontos altos do roteiro, Tudo Diferente (André Carvalho, 2009) soa realmente diferente com o suingue percussivo do atual arranjo.

Noticiiaa....=D


Considerada a revelação musical de 2009, Maria trilhou um caminho sem volta – no melhor dos sentidos. Ao longo desses dois anos, lançou e vendeu mais de 180 mil cópias do primeiro disco, Maria Gadú; fez shows em todo país; conheceu, cantou e gravou com Caetano Veloso e conquistou o Brasil. A cantora agora se prepara para colocar o pé na estrada e mostrar o seu mais novo trabalho, o CD “Mais uma Página”. Brasília receberá Maria Gadú no dia 12 de maio, a partir das 22h, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães. E ela promete trazer muitas novidades na bagagem.

Maria, Cesinha, Caneca, Doga, Gastão, Maycon: seis partes que formam Mais uma Página – segundo álbum de estúdio de Maria Gadú. Produzido por Rodrigo Vidal, ganhou o rótulo de um "disco de banda". O repertório traz 14 faixas, sendo oito delas autorais, e conta com as participações especiais do português Marco Rodrigues e de Lenine.
Mais uma Página apresenta em seu repertório oito composições da própria Maria. Ana Carolina, Chiara Civello, Edu Krieger, Maycon e o americano Jesse Harris são parceiros em cinco destas composições. "Nunca tinha composto em parceria", afirma Maria. O amigo Dani Black, que já teve suas "Aurora" e "Só Sorriso" gravadas em Maria Gadú Multishow Ao Vivo, contribui com "Axé Acapella" em parceria com Luisa Maita e "Linha Tênue". Maycon também mostra seu lado compositor em "Extranjero", parceria com Cassyano Correr. O álbum ainda traz três regravações: "Anjo de Guarda Noturno" (Miltinho Edilberto), gravada originalmente pala banda Bicho de Pé, "Amor de Índio", composta por Beto Guedes e Ronaldo Bastos, e "Oração ao Tempo", de Caetano Veloso, e que está na abertura da novela A Vida da Gente.